As ilhas do Faial e São Jorge não apresentam programação na terceira edição do Azores Fringe, o maior festival de artes nos Açores, mas artistas destas duas ilhas estão presentes e participam na programação do epicentro do festival na ilha do Pico.

Do Faial, uma turma de bailarinas do Centro Desportivo da Escola da Horta, liderados pela professora Paula Sousa, participaram este fim de semana no Go Skateboarding Day com Hip-Hop. O artista Pedro Fraga também vem ao Pico para participar esta semana no encontro de ilustradores e deixar sua marca na doca da Madalena, assim como também seu trabalho faz parte da exposição coletiva Fringe na Câmara Municipal da Madalena, até ao final do mês de Junho.

Da ilha de São Jorge o construtor de viola da terra, Raimundo Leonardes, apresentou um programa de conversa sobre o seu percurso de construir violas. Explicando o processo elaborado e cada peça que faz parte de criar uma viola da terra, Raimundo expressou a falta que existe nas nossas ilhas de educação sobre este instrumento único. O programa no passado sábado à noite foi uma aula de educação e o público cheio de curiosidades respondeu muito bem à sua apresentação. Para completar a noite, Renato Bettencourt, o músico jorgense que também compõe para a viola da terra, foi acompanhado na guitarra pelo holandês residente na ilha, Pieter Adriaans, e apresentaram uma fusão de línguas e culturas entre a Holanda e os Açores - uma combinação surpreendentemente atraente.

A participação de São Jorge continua esta terça-feira com teatro. No Auditório do Museu dos Baleeiros nas Lajes do Pico a equipa da Juventute Virtutis composta por 4 jovens liderados pela encenadora e atriz Andreia Melo apresentam uma versão adaptada de "O Curandeiro" de Francis Hardy. O programa desta noite será completo com um concerto do brasileiro Julio Uça. Para mais detalhes visite www.azoresfringe.com

 

FOTO: Raimundo Leonardes com um coração da viola da terra dos Açores